sábado, 25 de fevereiro de 2012

O que é o BDSM em minha vida...



O que é o BDSM em minha vida...

   Certamente não é um estilo de vida como a maioria dos praticantes costumam dizer que seja na deles.   Como um amigo me disse estes dias, talvez eu seja a mosca na sopa do BDSM; claro, gosto de muitas das práticas, acho mesmo uma delícia ME SERVIR delas, sempre de coisas light que é como eu aprecio, que não deixam marcas que durem mais que algumas poucas horas.   Se eu gosto da dor?  Já afirmei isto mais de uma vez.   Gosto!  Nada de extremos... Embora eu prefira o shibari...

  O ‘açoite’ assusta no primeiro momento, depois vai se transformando numa sensação de calor que percorre todo o corpo como uma onda trazendo uma excitação extrema, é verdade que não vai acontecer nas primeiras vezes.  O mesmo se dá com diversas outras práticas, embora determinados jogos eu não aceite em hipótese algum,  nada que seja hard ou bizarro, que exponha a pessoa publicamente, que comprometa  a saúde da pessoa, seja física ou psicológica.   Talvez para uma pratica tão aberta eu seja conservadora demais, entretanto acho que sou mesmo é ponderada e penso que praticar algo tão sério precisa mesmo de muita ponderação, estar muito consciente dos riscos, de si e do outro, ou outros envolvidos.   Não espero ser aprovada pela comunidade pelo que eu penso, como não esperem que eu algum dia torne o BDSM meu estilo de vida, ele está para ME dar prazer e ao meu parceiro (Dono), não para eu me tornar ‘escrava’ de uma ditadura, acho que isto não cabe mais no nosso tempo.   Já me disseram que eu não sou praticante, mas o dicionário diz que praticante é aquele que pratica e se eu faço uso constante dos jogos, sou praticante sim, mais ainda, sou uma árdua pesquisadora, muito mais que a maioria dos psicólogos, psiquiatras e praticante de décadas; estes, que em muitos casos praticam sem ler, sem estudar; aqueles, os profissionais da medicina, que só fazem estudos em quem é doente, psicopata e condenado pela justiça a prisão ou pela medicina a tratamentos em clínicas de recuperação de algo que não tem recuperação, como a psicopatia.  Não vão em busca de pessoas que vivenciam isto de forma sã, segura e consensual, com respeito pelo outro, educação, bom senso...   Não, é tão mais fácil ficar apenas dentro do quadro clínico dos hospitais e que nada tem haver com a realidade da massa imensa e silenciosa de adeptos do erotismo exótico e sadio.   Claro que me refiro a profissionais deste nosso país, pois fora do Brasil não é assim que acontece, em muitos países chamados de primeiro mundo o BDSM é reconhecido como uma prática absolutamente normal, que é inerente a nossa espécie desde os primórdios.
Sou livre para pensar e caminhar sozinha quando quero e preciso

   As regras que vivo são feitas por nós, determinadas por Ele e aceitas ou não por mim, 'negociadas' como se diz no BDSM, não me engessa na minha vida diária, não preciso de aprovação para escrever, pensar e ser no meu dia-a-dia.   Lógico que assim como qualquer parceiro, seja em que tipo de relação for, ele vai opinar, as vezes tolhir para corrigir algo, não por outra razão que não seja a do meu próprio bem, afim de que eu não me exponha, de eu não fazer algo que se volte contra mim e não para me manipular como se eu fosse uma marionete incapaz de pensar.   Ter a 'posse' de alguém sem cortar o seu individualismo não é em nada ser menos que os outros Dons, muito pelo contrário, é ser muito consciente e seguro de si, saber que não precisa diminuir o outro enquanto ser humano para estar no comando da relação e é por isto que o admiro tanto, por isto exponho com tanta autonomia tudo o que eu penso, sem medo do pensarão os outros, porque na verdade só colho conhecimentos deles, nunca a ditadura que me tentam impor inúmeras vezes.
Sou livre para criar, produzir

   Eu e Ele nos servimos do BDSM para o nosso prazer, não servimos ao BDSM ou qualquer comunidade do gênero.


   Só queremos ser felizes e é o que eu desejo que as pessoas tirem do BDSM; felicidade emocional e sexual.   A vida da gente é uma só, dar importância a pessoas que nada tem haver com ela é perda de tempo.    Lógico que eu respeito às escolhas dos outros, se querem viver um estilo de vida que vivam, mas querer impor isto aos outros, ditar como devem viver é um pouco demais.   Digo a quem me lê apenas que pensem no que se propuseram a fazer, que seja para viverem melhor, avaliem as razões que o levam a prática e decidam por si, sem dar importância ao que vão pensar de voce, preocupe-se apenas com quem compartilha a vida contigo, pois como disse a bela Ayesk@Ursinh@, "ninguém paga as nossas contas".



Dorei Fobofílica.

9 comentários:

Intensamente disse...

Os rótulos, as etiquetas, são simplifacções de realidades muito mais complexas. Porquê ligarmos a eles? O que se vive e se se sente a maioria das vezes não cabe num catálogo...

Beijos (intensos)

princess kitty disse...

Oi Dorei minha linda!!!

Nós duas temos ums visão muito parecida do BDSM, (eu só gosto de algumas coisas mais "maluquinhas" que você rsrs), mas no geral pensamos da mesma forma. O que importa é a nossa felicidade e das pessoas que vivem o fetiche, ou como quer que chamem conosco. O resto não importa. BDSM é pra trazer prazer, realização pessoal e sexual, caso contrário não valeria a pena ser vivido.

Excelente post!

Miaubeijos com carinho=^.^=

Lia disse...

Adorei ler tudo isso. É importante não nos atermos a regras. Somos livres e buscamos o prazer. Se encaixar ou não em algo não importa realmente. Você está certa de ir até onde sua vontade mandar.
Beijos e beijos

Anônimo disse...

Adorei o texto e também os comentários.

Simpatizo e sou curiosa demais com o BDSM mas não consigo me ver numa relação onde estivesse presa 24 horas.

Concordo com a visão da Dorei, sobre seu modo de viver o BDSM... Acredito ser o ideal!

Beijos borboléticos!

Anônimo disse...

Lindo texto....

Adoro seu posicionamento e ótica inteligentes!!

Beijos molhados
DD

Ayeska disse...

Dorei...
Realmente, costumo dizer algo que aprendi...
" Que jogue a primeira pedra quem não tem pecado e ninguém paga as minhas contas!"

Eu comecei a ter curiosidade pelo BDSM, quando descobri amigos e amigas que gostam , curtem...

Como qualquer pessoa leiga no assunto, eu imaginava :
"Dor e mais Dor"

Eu imaginava isso!
Pesquisando e lendo romances eróticos sobre o tema para escrever contos, descobri um Mundo que me fascinou, mexeu com a minha libido e curiosidade...

Sou e muitooooooooo curiosa!rs

E estou feliz, em ter a oportunidade de te ler, nunca vou me esquecer de uma postagem sua, sobre a postura de alguns que se dizem e se acham Doms...

Tirei o chapéu e continuo tirando sempre para voce!

E cá entre nós prefiro light...rs

Bjs doces carinhosos de sua Fã e obrigada pelo carinho!


Ayesk@Ursinh@

LadySiri disse...

Dorei, sempre tive atração pelo BDSM, primeiro as imagens me atraíram, principalmente as de shibari. E também o desejo pela submissão, que como você diz, e eu concordo, é da natureza da mulher. Mas ingressar nesse assunto, desconhecido pra mim, sempre foi um pouco assustador. Porém, seu posicionamento transmite uma leveza e uma clareza sobre o assunto como eu nunca vi antes. Você transmite segurança, maturidade e ponderação. E é por isso que te admiro! Parabéns e obrigada. Continue sempre sendo essa "mosca na sopa" rsrs

Beijo grande.

Anônimo disse...

A "Mosca na Sopa" só quer: "Só queremos ser felizes e é o que eu desejo que as pessoas tirem do BDSM; felicidade emocional e sexual".
Assim, com esta frase, você definiu mais coisas do que muitos definirão em anos.
Por isso sou teu fã de carteirinha Dorei.


Beijo do Capetão!

Unknown disse...

Ahhh minha amiga querida, como sempre falou tudo, não temos que fazer nada que va contra aquilo que acreditamos, que va contra aquilo que desejamos a nossa vida, simplesmente pra agradar os outros. Temos sim que buscarmos nossa felicidade fazendo aquilo que gostamos, claro, sempre nos respeitando e respeitando os outros.

Adoro te ler.... adoro vc

Bjssss gostosos