terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O Especialista

       


 O corredor, pareceu-lhe, bem mais longo, logo após ser chamada para a sua consulta de rotina...
      Sentiu o olhar matreiro daquele médico, que a atenderia pela primeira vez.
      Correspondeu delicadamente, insinuando-se, em sua mini saia jeans...     Sorriram educadamente, um para o outro. A consulta não teve êxito, pois ela encontrava-se no período menstrual e não poderia coletar material para exames.    
      -Qual o seu método anticoncepcional?  
      -Nenhum!    
      -Como assim?  
      -Não estou transando...    
      - Por que uma mulher jovem e bonita, como você, está dizendo isso?  
      -Quem eu quero não me quer, quem me quer... Sabe como é...  
      -Você parece ser uma mulher moderna, porque não vai à luta e fala com quem você quer, os seus desejos?    
      -Sou de outro tempo... O homem é que tem que chegar em mim.    
      A conversa, que fora longe demais, para uma consulta que não houve, foi interrompida pela hora. Quando iriam encerrar os assuntos, uma pergunta profunda, a fez chorar.     Ela não gostava de falar de suas intimidades e ele havia mexido em suas feridas, fazendo-a chorar de verdade...     Ele tranquilizou-a e pediu para ela marcar a próxima consulta, no período certo, para a coleta de mterial para exames de rotina.    
     Ao voltar, foi surpreendida... Assim que entrou, na sala do médico, ele disse:  
     -Olhei todos os dias os prontuários e nada de seu nome. Você demorou, menina!     Estranhas palavras ele dizia, pareceu interessado demais.  
     -Fiquei com vergonha de ter chorado, naquele dia...  
     -Que é isso?! Isso faz parte da minha profissão. Converso com todas as minhas pacientes sobre seus problemas.  
     Ele fez a coleta do material, sempre conversando... Embalou e deu para levar ao laboratório...                    Poucos dias se passaram e ela levou os exames... Após a análise e a certeza de tudo estar bem, o médico que adorava conversar, olhou-a e perguntou:  
     -E aí, resolveu agir, ou continuas esperando alguém para se relacionar?  
     -Estive pensando melhor e cheguei a conclusão, que está na hora de eu tentar uma mulher, os homens tem me decepcionado demais...    O rosto do ginecologista mudou... Percebia-se um ar de curiosidade. Muito atrevida que era, dentro do assunto em que estavam, ela acabou confessando, que estava sem coragem de se desnudar em frente a um homem,  que estava se achando gorda...
     -Aparentemente, você está muito bem, mas se quiseres uma análise de um homem, em vez, de a de um  médico, tire a roupa e te direi a verdade sobre seu corpo, se não te importas...    Ela mais que depressa, levantou e começou a despir-se.  
     -Tá vendo? Tô gorda!  
     -Posso me aproximar para ver melhor?    Ela olhou-o com malícia e acenou afirmativamente...    Ele levantou e foi até onde ela estava. Tocou em sua cintura e repetiu o que já havia dito... Ela percebendo o olhar excitado do doutor, atreveu-se  e insinuou-se....    Olhou seu rosto transparecendo o suor nervoso, do momento... Antes que a ética falasse mais alto... Com sua mão atrevida, tocou por sobre as calças dele... Sentiu  o vigor, que aumentara o volume de suas calças...    Entregues ao proibido, a que estavam, ele abraçou-a  e conduziu à maca... Deitou-a... E numa atitude desenfreada, beijou seus lindos seios, seu umbigo, sua boca...    Colocou seus dedos em sua vagina, não mais como médico, mas como um homem louco de tesão por uma mulher nua a sua frente...    Ela contorceu-se  de prazer...
    Ele sugou seu clitóris, masturbando-a com seus hábeis dedos...    Sem mais tempo e com o desejo tomando conta dos dois, ele penetrou-a, com força, com tesão... A pressa e a adrenalina, reduziram o tempo do ato...    O gozo veio rápido... Os dois juntos, quase no mesmo instante...  
   O consultório foi inundado, com o cheiro do esperma, que caíra ao retirar a camisinha...      Cumplicidade...  
   -Mulher!  
   - Posso te processar por assédio!    
   -E, com certeza, perco meu CRM...  
   -Você me seduziu, porque eu deixei... Eu quis tanto quanto você...  
   -Menina!...  
   -Afinal, menina ou mulher?...  
   -Confesso, você me desconcertou. Seu jeito, seu corpo, seu choro na primeira consulta...
   Ela vestiu-se, apressadamente... A sala de espera, estava lotada de pacientes inquietas, esperando serem atendidas...


    -Seria muito atrevimento, se eu pedisse, seu telefone?
    - Doutor, te dar o telefone, é o mínimo... Depois, do que eu acabei, de te dar...

    Olharam-se e, com a mesma cumplicidade, que atreveram-se a juntar os corpos sedentos, riram...

   

     

3 comentários:

Hot Spot disse...

Belo texto...

Cheio de malicia...

Beijosssssss


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Anônimo disse...

Magnifico post...

Anônimo disse...

Adorei essa cumplicidade!
Beijos borboléticos!